Governo do Distrito Federal
28/01/21 às 11h41 - Atualizado em 1/02/21 às 13h08

Unicórnio à vista

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A startup de crédito consignado Bxblue começa 2021 na contramão da crise, após anunciar, nesta quarta (27/01), o recebimento de R$ 38 milhões na sua série “A”, liderada pela Igah Ventures.

 

Fabricio Buzeto, Gustavo Gorenstein e Roberto Braga, cofundadores da Bxblue | Foto: Bxblue/divulgação

“O mercado de crédito consignado tem lacunas importantes de eficiência no Brasil, e a Bxblue traz a capacidade de execução e o crescimento escalável necessários neste momento. É o perfil de negócio que Igah busca em suas investidas: empresas que combinam tecnologia e inovação para endereçar soluções diferenciadas em suas áreas de atuação”, disse Márcio Trigueiro, sócio-diretor da Igah Ventures, à revista Exame.

 

A startup é um marketplace para os bancos que oferecem crédito consignado. Servidores públicos e aposentados podem acessar sua plataforma para encontrar opções e fechar o contrato de forma totalmente digital. Hoje são quatro bancos cadastrados no serviço: Banco do Brasil, Financeira BRB, Daycoval e Cetelem.

 

Em três anos, a atuação da Bxblue já originou mais de R$ 500 milhões em contratos de empréstimo consignado, a maior parte em 2020. Com o novo investimento, a startup pretende quintuplicar a receita do negócio até o final do ano.

 

Para avançar no mercado, a startup aposta na evolução do seu produto e planeja oferecer serviços como o refinanciamento de empréstimos e a portabilidade de crédito. O número de instituições financeiras parceiras deve crescer também. A meta é chegar em dezembro com pelo menos dez na plataforma.

 

Apoio da FAPDF – A Bxblue está entre os quatro times multidisciplinares participantes do programa Lift Learning,  lançado em 2019 pelo BC em conjunto com a Federação Nacional dos Servidores do Banco Central (Fenasbac). A startup integrou a primeira fase do programa, promovida com a Universidade de Brasília (UnB), com a Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF) e com empresas do setor financeiro. As equipes eram compostas por 10 estudantes da área de tecnologia e cinco estudantes das áreas de Administração e Direito.

 

Por meio do projeto “LIFT Learning: Programa Distrital de Fomento a Startups Financeiras (Fintechs) no contexto da luta contra o SARS- Covid-19”, a FAPDF R$ 563 mil no Lift Learning. 

 

Dos quatro projetos desenvolvidos pelos alunos, com apoio de professores e profissionais de mercado, três estão relacionados ao Pix para pessoa jurídica, e um ao processo de autenticação facial para contratos e prevenção a fraudes.

 

  • Banco de Brasília (BRB): criação de um aplicativo de integração de serviços do Pix a clientes pessoa jurídica;
  • PagueVeloz: criação de um sistema integrado de gestão de benefícios a funcionários via Pix;
  • Vamos Parcelar: criação de um sistema de automação de pagamento de tributos via Pix;
  • Bxblue: construção de um sistema de reconhecimento facial capaz de trazer segurança jurídica a contratos on-line e de acordo com as normas do Open Banking.

O projeto da Bxblue já está em testes para entrar em produção, indo além do objetivo inicial. Já os outros três projetos atingiram a fase de protótipo, que era a meta do programa.

 

Além dos quatro projetos, foi escrito um livro sobre regulação do Pix. A autoria foi de uma equipe multidisciplinar composta por estudantes dos diferentes times, com base em seus aprendizados ao longo da iniciativa.

 

Para 2021, a previsão é de que ocorra uma 2ª edição no Distrito Federal, com cronograma ainda a ser definido pelo coordenador do programa na UnB, Ricardo Fernandes Paixão, e por representantes da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). 

 

Saiba mais sobre Lift Learning e inovação para o setor financeiro no artigo do coordenador do programa no DF publicado na revista Exame.

 

*Com informações de Orzil News e Exame

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